Nós, as MULHERES, segundo ciclo das estações…

Outono, vivenciamos o desapego.

Deixamos cair por terra as folhas da vaidade.

Nos entregamos à “desproteção” pelo tempo planejada.

Ficamos nuas diante da gente mesma, de alma lavada.

Abraçamos o vento, colhemos as tempestades, recebemos o sol com toda generosidade.

Sem cobertas, sem desculpas, sem vergonhas, sem falsa idade.

Nos entregamos a oferta.

Desfolhamos sem alarde, na hora certa.

Alimentamos nossas raízes, nossas filiais e nossas matrizes!

Inverno, vivenciamos a espera. Aninhamos os pensamentos no calor dos afetos.

Guardamos os desejos prediletos.

Cobrimos um sonho abandonado para mais tarde ser realizado.

Ficamos enclausuradas em nossa existência.

Saboreamos os frutos da paciência.

Verão, vivenciamos a explosão!

Queremos tudo mais prático.

Não nos obrigamos ao tipo simpático.

Tiramos de letra aquilo que não nos interessa…

Queremos sombra e água fresca, temos pressa!

Fruta no pé, suco gelado, uma dose de humor.

Estamos prontas para curtir o calor!

Que pedimos ser breve, por favor!!!

Primavera vivenciamos a graça.

Tal qual o dia da mulher…

Quem não quer?

Brasileira ou internacional.

É a alegria sazonal.

É se esparramar toda em cor.

É ter seu nome na boca do amor!

É ficar toda florida…

É chamar a atenção, ser aparecida!

É subir no salto, é desfilar de rasteirinha…

É ser mulher na pele de menininha!

É receber todas as honras das casas…

É ter direito a um belo par de asas!

É sair por aí à revelia…

É fazer do prazer uma mania…

É despedir a melancolia, e contratar a alegria!

É DESFILAR E DESTILAR POESIA!