NOSSO UMBIGO JÁ TEM OUTRO ENDEREÇO

Cá escrevo, munida de uma tigela de brigadeiro e pensando se ele não merecia uma cereja.

Comer sem culpas, essa é a chave, depois de um dia cheio de cobranças muito além das calorias do chocolate. É preciso deixar escorrer o gosto livremente entre os cantos da boca, quando as mãos não estão afim de espremer e os dedos deixar escapar…

Expressar sem exagerar, sair da zona de conforto, desacelerar sem perder a velocidade “precisa” para chegar lá e bem. Trabalhar os limites e se jogar também no improvável das próprias medidas do tempo e do modo de vida.

Hoje escrevo sobre cada um de nós “humanos ” que no casulo, lagarteamos não vendo a hora de borboletearmos…

Mas, convenhamos, a metamorfose exige um silêncio perturbador para quem está do lado de fora.

Há reservas que só pertencem a quem está dentro. Portanto, não vale a pena insistir; isso só vai frustrar em ambas as partes.

Há maneiras e maneiras de “espiar” ou espionar nossa casa comum…

Se eu não falar em dedinho do pé, alguém lembra que tem um, agora, nesse exato momento?

Mas se algum de nós estiver com o dedinho machucado, ou com aquela unha encravada, ou uma farpa intrusa, com certeza ele será lembrado na maior parte do dia, se não for o dia todo…

Penso, cá com meus botões lambuzados no brigadeiro, que se no Universo há planetas bem de saúde, o nosso, é esse dedinho machucado.

A quem se deve o que estamos passando? A unha? A micose?A manicure? O bicho de pé? A farpa? Quem pisou no dedo? Quem tem pé?

Milhões de incógnitas e cognitivos. Ideias e ideais embasados em certezas passageiras ou dúvidas que persistem. Campos magnéticos, física quântica, reformulação de conceitos. Nunca tantas hipóteses foram tão acreditadas, todas ao mesmo tempo. Qualquer uma serve desde que nos traga algum alívio ou justifique o que ocorre ao mundo ou nos ocorre.

Criamos pontes intransponíveis e queremos salvar nossa pele do sol castigante, onde não há sequer uma breve sombra. É preciso esperar a noite para nos cobrir. Nunca houve dias tão longos e noites tão curtas! Mas…

Algumas horas do dia, misturando os acréscimos e as subtrações, o caldeirão fervilha! Não há como manter a sensatez vinte e quatro horas e todos os dias. É importante, sei disso, dosar a sanidade através do autocontrole e aproveitar a “loucura” para ficarmos a sós, bem à vontade com a nossa cara metade, de frente para nossos próprios medos. É um encontro avassalador. Nele, sem exceção, tangem o benefício ou a crueldade das dúvidas. Muitas partes são pipocantes, barulhentas. Chegam a nos distrair e tirar o foco. Se são respondidas ótimo, se não, brevemente, recorremos a inúmeras fontes, e mesmo com suas enxurradas de informações, nunca nos saciam. Ao contrário, muitas nos envenenam. Outras parecem pisar em ovos, desconfiando das nossas próprias reações. Como qualquer barulho, vão da mesma forma que vieram. Deixam pegadas que levitam.

Ah… e as silenciosas? Essa dificilmente repassamos com total fidelidade. Mal passam pelo crivo do nosso próprio julgamento. São na maioria das vezes dúvidas trêmulas. Temos pavor até de duvidar da dita. Torcemos para que não volte nunca mais! A natureza das dúvidas vai da fé inabalável ao quesito honestidade em suas diversas aplicações. Alguém se habilita a dizer com 100 % de certeza algo sobre?

Então, queridas, vamos à luta no melhor dos sentidos!

Aquela travada com nossos próprios destinos, que podem e devem ser melhorados. Do tapa ao visual ao tapa imaginário que acorda nossos ânimos! Esqueçam as perguntas e respostas prontas. Ousem descobrir algo novo. Isso vai além da ciência e está dentro de cada um de nós, onde DEUS faz a morada.. Onde queremos chegar juntos?

Permitir sem culpas o direito aos benefícios das dúvidas, aquelas que não nos torturem. Procurar respostas antes em nós mesmas, há uma parceria Divina que espera que apenas cumpramos nossa parte .Não é provação, é provocação. A terra é um organismo vivo, e como tal reage .Todos os seus elementos são importantes na missão. Estimulos são dados e criados. A Crise, uma oportunidade, não uma ameaça.E a nós, a parte que nos cabe cuidar. Olhar o mundo com os olhos da gente e olhar para gente mesmo com os olhos de todos. Vasculhar nossas gavetas, principalmente as emperradas. Sacudir quantas vezes for necessária a poeira e dar inúmeras voltas por dentro, por baixo e por cima! Dar as mãos, cirandar!!! SER FELIZ fisicamente, estruturalmente, emocionalmente ,mentalmente, espiritualmente com todos os desafios.

Agregar o que é bom, transformar o que não é tanto.

Estamos sim, passando por uma prova de fogo, apesar de passar boa parte da vida apagando incêndios. Mas somos fogo e paixão.

E nossa atenção não está mais em nossos umbigos.

Somos cinza numa quarta, adubo na quinta, semente na sexta, flor e fruto na semana… um quintal de possibilidades!!!

Um planeta com uma marca salutar e fértil de esperança…

E para que não reste mais nenhuma dúvida…

Uma pergunta;

“O que fazemos em nossa vida que nos faça sentirmos vivos?”

#vamosquevamos!!!

O mundo é vasto ,O AMOR TEM FEITO COISAS,,,,que nenhum outro sentimento duvida.

Esse é o ano de grandes decisões. Haveremos de subir ao topo de nossas realizações com a mochila mais leve.Vamos saber realmente, verdadeiramente o que necessitamos e desejamos carregar.

Avante !!!Caminhemos!!!!